
Tô adorando essa fase da minha barriga de 7 meses, que qualquer ser humano de cara vê que estou grávida. Além de ter o maior orgulho de ser mulher e poder gerar um ser dentro de mim, fico feliz em ver o respeito que uma grávida recebe na rua, tanto de desconhecidos como de amigos.
É uma delicia chegar no baixo gávea lotado e de repente aparecer uma cadeira sabe-se lá de onde para eu sentar. Aliás, em qualquer lugar as pessoas fabricam um banquinho para a grávida sentar e eu adoro.
Estou curtindo as pessoas me darem passagem na rua, nas filas e sempre com um sorriso. Estranhos me perguntam com carinho: É menino ou menina? Não quer sentar? Está tudo bem? Calor, não é mesmo?
Essa semana a expressão “rei na barriga” fez todo o sentido para mim. Estou com a rainha na barriga, ando por aí toda feliz, me achando super importante por ter a responsabilidade de estar gerando um outro ser humano. É para me achar mesmo...
Mas claro, que toda regra tem sua exceção e fiquei muito impressionada quando outro dia, na fila do banco, fui maltratada. Cheguei ao banco e mesmo com pressa, resolvi entrar na fila dos mortais, porque estava me sentindo bem e só tinha um homem na minha frente.
Como só tinham 2 caixas e as pessoas sendo atendidas estavam cheias de contas para pagar, tivemos que esperar um tempinho. Assim que uma das caixas foi liberada e o homem da minha frente finalmente iria ser atendido, a caixa me viu e pediu para que ele esperasse, porque eu estava grávida e deveria ir na frente dele.
Resolvi aceitar porque estava realmente apressada e o sorriso da caixa era acolhedor. O cara olhou torto e quando eu estava saindo foi super grosseiro com a caixa, perguntando se ela não queria passar mais ninguém na frente dele, que aquela cena tinha sido um absurdo. É mole? Esse cara não tem mãe não?
Fiquei tão chocada que soltei baixinho, sem que ele escutasse: “É lei, moço”. Enfim, fiquei feliz por ter aceitado usufruir da minha prioridade, porque esse cara merecia.
Mas como eu disse, atitudes como essa são uma exceção, pelo menos aqui no Brasil. Já ouvi dizer que nos EUA, por exemplo, é bem diferente e que nem lugar no metrô eles cedem. Para uma mulher grávida, é bom saber que apesar da violência do nosso país, a maioria das pessoas sabe ser gentil. Ainda há esperança...