terça-feira, 21 de julho de 2009

REPRESENTE

Quem nunca repassou um presente que ganhou, que jogue a primeira pedra. Tenho a teoria de que mesmo os que odeiam essa prática de repassar presentes, se ainda não fizeram, um dia o farão. Ainda mais agora, em tempos de crise e movimentos ecológicos.

Ganhar presentes é muito bom. E melhor ainda quando a pessoa queimou a cuca para escolher um presente que combinasse com quem vai presentear, imaginando que o outro nunca iria pensar em trocar.

Aliás, vou abrir um parênteses para a troca. Porque tem gente que tem que trocar tudo o que ganha? Parece uma mania incontrolável. A pessoa ganhou, trocou. Conheço um caso de uma pessoa que já trocou o mesmo presente duas vezes. Ganhou, achou que não gostou, foi na loja, trocou, mudou de idéia e voltou ao primeiro presente!

Claro que a época do Natal é um clássico para aquela tia dar pela milésima vez um presente que não tem nada a ver com você. Será que ela ainda não percebeu que você odeia roupa estampada? Já te viu com alguma? Então porque insistir no presente?

E, na maioria das vezes o que acontece quando o presente vem errado é uma preguiça louca de trocar e é aí que entram os adeptos a prática de repassar o presente, que vou chamar aqui de regifters (os americanos sempre tem uma palavra chave pra todas as práticas, fazer o quê, realmente funciona).

Os regifters profissionais são os que quando ganham o presente que não querem, já imaginam na mesma hora para quem vão repassar, nem cogitam a possibilidade da troca. Eles também tem problemas em gastar dinheiro, como já é de se imaginar.

Os quase profissionais, são aqueles que de última hora se lembram que tem uma festa e que não vai dar tempo de comprar um presente. Esses nunca abrem uma caixa de chocolate finos que ganharam, guardam no armário já pensando em repassá-las numa emergência. “Chocolate é unissex”, pensam.

Já os amadores, entram em pânico quando tem uma festa que vai pegar muito mal se chegarem de mãos vazias e acabam dando um presente com a data de troca expirada. Neste caso, o aniversariante recebe, percebe, diz que adorou e garante que não vai trocar.

Eu já recebi um presente de uma pessoa do grupo 2, mas como não era muito profissional, quando abri a caixa de chocolates (impossível para mim, repassar chocolates), o chocolate estava velho. Olhei a data de validade e tinha expirado. Ah, obviamente era da Kopenhagen.

A sorte é que nos dias de hoje os movimentos ecológicos apóiam a prática da reutilização dos objetos. Então, regifters, aproveitem e se encham de orgulho por estarem fazendo um bem á humanidade. Mas atenção para a data de validade...

2 comentários:

  1. Eu sou a favor do troca-troca...se não usa, não gosta passa pra frente...outro dia vivenciei uma situação engraçada demais... uma amiga pediu uma caneta emprestada a professora e a caneta era linda. A professora mandou gravar o nome dela na caneta, porém, minha amiga tinha comprado essa mesma caneta a uma semana atrás. Poxa, mandar gravar o nome e se apropriar do que nem é seu aí é demais...rs
    bjs
    Adriana.

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  2. Eu confesso, eu repasso presente ruim!!!
    Mas pra falar toda a verdade, fico tensa do presenteador descobrir!!!
    Bjo
    *juju*

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